Veja-a...
Olho para o outro lado e estou encadeado….
encadeio-me com a folha branca antes de escrever…
encadeio-me com a luz da manhã antes de acordar…
…antes de estore…antes de estar
encadeio-me com o branco…depois de mim…
depois de black…depois de out…depois de estoirar…
Olho para a outra margem…para fora…
encadeio-me com a clarividência…de todos os clarividentes…
encadeio-me com a evidência…depois dos videntes…
…antes de ver…antes de antever…
encadeio-me com o que escrevo…depois de ler…
…e quando olho bem…tenho medo…de luz… vejam bem…
…invejo o escuro…descuro a luminosidade…imaginem bem…
…a certeza e o absurdo da convicção…não chamam…
a obstinação perante o claro…o branco…o iluminado…não me lúmen..
Mas continuo a olhar…
virado para a intensidade da luz…cerrando os olhos…
… entre mim e a realidade… a grade…
malha de arame que a contra luz, encadeia…
mas só brilha à íris aberta…
quando há escuro…sem cor…
não é branco…
não é imaculado…
e não é base para negro.