A minha terra, não tem limites
a minha terra não tem limites…
não sei onde começa…não sei onde acaba…
não sei onde fica…não sei por onde anda…
..mas sei quando estou na minha terra…
encontro-a pelo cheiro…
pela doçura dos gestos…
nos sorrisos abertos…
nos olhos vermelhos…
vejo-a nas pegadas de pés ásperos…
nas palmas das mãos de riscos escuros…
no pedaço ferido da desilusão…
no esquema da ilusão…
na preguiça pelo futuro…
sinto-a marcada por passados…
muito poucos dela…nunca por ela…
estou nela perdido pela fome de sobreviver…
e
resignado por todas as razões…que a razão nunca explicou…
…mas é sempre a minha terra…
esteja ela no pólo norte ou abaixo do equador…
venha por oeste ou por leste…
a minha terra não tem limites…
mas tem cor…
…é preta…!