quarta-feira, dezembro 10, 2008

Acordei...



Acordei no meio da noite, no meio de um sonho…
…por um toque a meio e a medo de um telemóvel meu…
Acordei com falta de voz…com falta de luz…às apalpadelas…
…encharcado de lençóis…perdido numa cama sem norte…
Acordei e embaciei o visor do número privado… com um bafo d’aço de alambique cromado…
Acordei a dizer “estou”…sem saber onde estava…onde tinha guardado os meus pés…onde tinha perdido a minha cabeça…
Reflecti quando ouvi perguntar se estava a dormir…debaixo do tecto onde colei o meu último olhar, antes de dormir…
Reflecti quando procurei um reflexo de lua que me iluminasse…através de uma aberta…mal fechada…na noite de ontem…
Reflecti…mas não reconheci o “quem é que fala” que pronunciei…nem percebi o “é você?”…que ouvi…

Como podia eu perceber se era eu…se não sei o que sou…
Como podia eu perceber se “estou lá”…se não sei onde estou…
Como podia eu saber que horas eram…se eu acordei a meio…
Como podia eu falar…se foi um engano.

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